sexta-feira, 22 de abril de 2011

Hatebreed - Supremacy



HATEBREED
Supremacy

CD’06 . Roadrunner / Universal

Ao seu quarto trabalho, a banda de Jamey Jasta apresenta uma vulgar demonstração de poder, maturidade, raiva e perseverança. Nunca os Hatebreed soaram tão coesos e focados nem gravaram tão devastadora colecção de canções. Em boa verdade, Hatebreed é como sexo. Quando é bom, é fantástico e quando é mau, não deixa de ser bom. Desenvolvendo a analogia de mau gosto, poderá considerar-se o debute Satisfaction Is The Death Of Desire como sexo na adolescência: algo novo, rápido e que deixa vontade para mais. Não raras vezes acaba em coito interrompido – quando os temas começam a dar pica, acabam. Perseverance e The Rise Of Brutality é sexo matrimonial: excelente ao princípio mas a dada altura começa a fartar e apetece mudar – ao sexto tema troca-se de CD. Mas Supremacy é uma orgia na mansão da Playboy: são todas boas (as músicas), todas têm algo de diferente e excitante e nunca farta (o octogenário Heffner que o diga). Será necessário regressar até Vulgar Display Of Power para encontrar tão arrasador conjunto de canções, com tão fortes e inspiradoras letras: “Defeatist” serve de mote – “this is my hatred, this is my vow never to be broken” –, “Mind Over All” um manifesto Hardcore à la Cro-Mags – “no limit to what can be acheived”) –, “To The Threshold” é esmagadora – “this is more than a battle-cry, it’s the blood of our lifeline flowing faster” – e “Destroy Everything” dá mesmo vontade de fazer o que o seu título sugere – “destroy everything so a new life can begin”. Este é um disco que lhes saiu da pele, em que se sente o cheiro a adrenalina a cada nota debitada e nem mesmo os mais acérrimos detractores poderão negar a sua brutal honestidade. 4,5 RA

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